quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Are Baba

Gente, desculpem, mas eu vou falar de um assunto bem banal. Tenho que perguntar: o que foi o final da novela das oito? Eu estou chocada até agora. Não sou nenhuma noveleira de plantão, mas gosto de assistir final de novela e gosto muito da Glória Perez (apesar de América, que na minha opinião foi a pior novela que já assisti, tudo bem nunca assisti as Marias do Bairro e demais mexicanas da vida, mas enfim, América foi uóóó´). Pois bem, como eu estava dizendo, não assisti a novela toda, não tenho muito saco nem tempo livre para isso, mas gosto de assistir os dois últimos capítulos, afinal adoro um "the end". Pois bem, assisti o penúltimo capítulo e adorei, cheguei a me emocionar na cena em que a Maya se despedia de seu filhinho (mas isso é suspeitíssimo em mim, não posso ver nada que implique em mãe e filho pequenos separados porque choro mesmo, no filme "Olga" minha amiga que estava no cinema comigo ficou envergonhada porque eu já estava soluçando... e não é trauma de infância porque minha mãe nuca desgrudou de mim, deve ser de vidas passadas...)Retomando, adorei o penúltimo capítulo e na 6a feira corri (literalmente) para casa para assistir o final, o encontro de Maya com o Raj, que ela pensava que estava morto, e o retorno dele para sua família. Então... lá está ela, toda de branco, sem maquiagem, quase se jogando no rio, desesperada e... surge ele, lindo (porque gente eu acho ele lindo), olha para ela e ... nada! Isso mesmo nada! NADA! Eu esperava ele gritando o nome dela, ela olhando espantada, correndo para ele sem acreditar, sem entender, meio rindo meio chorando, daquele jeito que a gente fica quando a felicidade é tão grande que custamos a acreditar que seja real. Pois eu já tinha a cena toda na cabeça. Tudo bem, eu sei que não sou a autora, mas caramba! Não teve a menor emoção!. Então, ela surje toda linda, de sári vermelho, toda maquiada, cheia de jóias, e eu pensei, é a imaginação dele, ela está vendo-a linda como no dia do casamento. Corta a cena, aparece Yvone, o Tarso malucão, Abel, Norminha, aquela música chata "... você não vale nada...", volta para a India, casa dos Ananda, entram Raj e Maya e ... ela continua toda vestida, maquiada, cheia de jóias? COMO ASSIM? Ela trocou de roupa na beira do rio? Todos são tão apaixonados por ela que a vêm assim, toda linda? Licença poética? Fala sério, me senti uma idiota neste momento. Parecia alguma cena antiga, já gravada, que foi enxertada na novela. Me senti uma idiota! Fiquei frustrada! Enfim, acabou. Mas juro que nunca mais vou correr para assistir final de novela! (Será???????)

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Os dias são longos mas os anos são curtos

Outro dia, li num perfil de orkut a seguinte frase: "Os dias são longos mas os anos são curtos". Achei fantástico, de uma simplicidade incrível, mas ao mesmo tempo tão verdadeira. Os dias são longos, se arrastam em compromissos, obrigações, temos que trabalhar, produzir, cuidar, alimentar, enfim. Você chega no trabalho e fica contando as horas, às vezes os minutos, para poder ir embora, chega em casa e fica louco para jantar, ou pra dormir, enfim pro dia acabar. Então, de repente, você se dá conta de que o ano já está terminando. A frase que eu mais tenho escutado ultimamente é: "Nossa, já estamos em setembro, o ano acabou, como passou rápido!" Pois é, a cada ano parece que o relógio anda mais depressa, o tempo voa. Talvez porque não tenhamos tempo de curtir, nossos longos dias... Não conseguimos perceber pequenas coisas, pequenas alegrias diárias, que podem tornar tudo tão mais fácil! Parece cena de comercial de margarina, mas são os pequenos momentos de felicidade, os pequenos sorrisos ao acordar, o "eu te amo mamãe" quando eu deixo minha filhinha na escola; a mensagem inesperada do namorado no celular, no meio da tarde; ou simplesmente acordar depois de uma noite de chuva e perceber que o tempo abriu e um lindo sol apareceu. Ler um bom livro, nem que seja no caminho para o trabalho, dentro do ônibus ou do metrô; passar "aquele" perfume depois do banho, mesmo que seja pra ficar em casa; ficar conversando um pouquinho na cama, antes de dormir, enfim, tudo que pode tornar meus longos dias mais prazeirosos, e assim, quando o ano chegar ao fim, eu consiga pensar que ele passou rápido como um trem bala, mas eu consegui embarcar.

Dia Branco
Composição: Geraldo Azevedo/ Renato Rocha


Se você vier

Pro que der e vier

Comigo...
Eu lhe prometo o sol


Se hoje o sol sair

Ou a chuva...
Se a chuva cair


Se você vier

Até onde a gente chegar

Numa praça

Na beira do mar

Num pedaço de qualquer lugar...
Nesse dia branco


Se branco ele for

Esse tanto

Esse canto de amor

Oh! oh! oh...
Se você quiser e vier

Pro que der e vier

Comigo








"Bruxas existem, fadas existem, a vida depois da aparente morte existe, os encontros humanos são destinados: algo secreto maneja os laços que se atam e desatam em amores, família, amizades e até em encontros breves. Por que não?"


Lya Luft




Créditos: arquivos do Google

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Voltando no tempo ou dançando para não dançar


De uns tempos pra cá tenho sentido um desejo muito estranho... um desejo de dançar. Não de dançar numa balada, ou numa pista de dança de salão, ou ainda numa micareta. Não! Eu desejo... dançar... balé clássico! Loucura, loucura, loucura, como diria o Luciano Huck.

Passei dos 5 aos 16 anos dançando balé clássico. Só balé clássico não, clássico, jazz, moderno, dança espanhola, dança russa, etc, etc, etc... A coisa era a nível profissional mesmo, na Escola de Danças do Teatro Municipal, que hoje se chama Escola de Danças Maria Olenewa.

Pois é, passei a infância e a adolescência dançando... e odiando isso! Eu odiava as aulas, as colegas, as professoras (que me perdoem todos), mas eu odiava cada minuto que passava naquele lugar. Mas não conseguia sair daquilo, porque minha mãe (anos de terapia pra poder falar isso), resolveu se realizar em mim, nem preciso dizer que seu sonho era ser bailarina, meu nome é Gisele por causa do balé. Enfim! Eu seguia odiando tudo aquilo. Fingia dores, inventava machucados, aulas extras na escola, tudo que me permitisse faltar um dia que fosse. Era uma benção!

Todavia, o mais incrível é que eu gostava de dançar, gostava de sentir o som da música que fazia meu corpo ir se movimentando lentamente... acompanhando o ritmo... gostava de dançar sozinha, na frente do espelho. Mas aquele mundo de obrigações, aulas, provas, disciplina, me tirava o prazer de dançar e, quando finalmente passei a ter o domínio sobre meus próprios pés ( ou seja, passei a ir sozinha para as aulas de balé), resolvi que não iria mais. Fui devagarzinho, ia faltando de vez em quando, uma vez por semana, duas, como se tentasse sair despercebida. Até que minha mãe percebeu, e compreendeu (ou, o que é mais provável, desistiu) que eu não cabia naquele sonho que não era meu.

E agora, anos luz depois, eu começo a sentir essa coisa estranha... essa vontade esquisita... de dançar balé! Como assim, e agora? Será que existem aulas para adultos. Enferrujados e sedentários? Será que será que será....

Pois existem, e eu começo hoje! De collant, saiote e sapatilhas!

E muito feliz!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Sou uma pessoa de sorte! Ou melhor, sou uma pessoa abençoada. Porque a vida sempre me dá incríveis oportunidades de mudança. Acho até que isso acontece com todas as pessoas, mas talvez nem todas percebam, enfim, comigo isso é impressionante! Sempre que estou estagnada, paralisada, numa situação ruim, num relacionamento ruim, num trabalho ruim, mas não consigo fazer nada para modificar isso, a vida vem e me obriga a fazer uma renovação. Como num passe de mágica, digno da Fada Madrinha da Cinderela - bíbidi bóbidi bo!!!!!!! - A vida se transforma!!!!! E isso se dá através de um acontecimento totalmente inesperado, inexplicável e até mesmo impensável! Se eu tivesse imaginado aquilo alguns meses atrás, se uma cartomante tivesse uma vidência daquilo, eu sairia rindo como se tivesse escutado a piada mais louca da face da terra! É sempre uma tempestade terrível, um verdadeiro tsunami, que me arrasta e me arrasa me deixando totalmente sem rumo. Mas que ao mesmo tempo me retira daquela paralisia e começo a andar novamente, no início muito tonta, mas pelo menos de pé. Meu anjo da guarda deve ser muito doido (como eu, aliás!), mas muito eficiente!

Ainda sobre "Comer Rezar Amar"

Como já disse antes, estou lendo o livro "Comer Rezar Amar" de Elizabeth Gilbert, e estou realmente amando. Vou transcrever um trecho do livro que realmente mexeu comigo:


"Há tanta coisa no meu destino que não posso controlar, mas outras coisas, estão, sim, sob minha jurisdição. Existem determinados bilhetes de loteria que posso comprar, aumentando, assim, minhas chances de encontrar satisfação. Posso decidir como gasto meu tempo, com quem interajo, com quem compartilho meu corpo, minha vida, meu dinheiro e minha energia. Posso decidir o que como, o que leio e o que estudo. Posso escolher como vou encarar as circunstâncias desafortunadas de minha vida - se as verei como maldições ou como oportunidades (e, quando não tiver forças para adotar o ponto de vista mais otimista, porque estou sentindo pena demais de mim mesma, posso decidir continuar tentando mudar minha atitude). Posso escolher minhas palavras e o tom de voz com que falo com os outros. E, acima de tudo, posso escolher meus pensamentos." ...


Pois bem, escolher nossos pensamentos! Tão básico e tão difícil! Mas a autora prossegue:


"Reconhecer a existência de pensamentos negativos, entender de onde vieram e porque apareceram; então, com grande capacidade de perdoar e com grande coragem, mandá-los embora ... você pode usar o consultório de uma analista para entender primeiro porque tem esses pensamentos destrutivos; e pode usar exercícios espirituais para superá-los. Deixá-los ir embora é um sacrifício, claro. É uma perda de antigos hábitos, de velhas implicâncias reconfortantes e de padrões conhecidos... requer prática e esforço... é uma vigilância constante."


Mas vale a pena. Porque o pensamento é tudo em você. Aliás, o pensamento é você! E porque você vai ser negativo, pessimista, pra baixo, se você pode ser positivo, pensar pra cima, pensar no melhor. O melhor para si mesmo e para os outros. O pior que uma pessoa pode fazer consigo mesma é se tornar uma vítima da vida, uma vítima dos acontecimentos. E o pior sentimento que se pode despertar em alguém é o sentimento de pena. Me ame,me odeie, ou até mesmo me ignore, mas não tenha pena de mim!